SUBTERRÂNEOS DO CORPO
De Ana Martins
O corpo. A imagem do corpo por si só, quase irreal, equiparado a uma obra de arte, uma massa orgânica em constante movimento. As diferentes linguagens de cada corpo. A forma como cada corpo se pode movimentar sem a necessidade de uma história como pretexto. O corpo humano sem o peso dos géneros. Apenas o corpo, nu de quaisquer artefactos que o amparem.
Ana Martins
Subterrâneos do Corpo parte da experiência da criação de Umwelt. Esta surgiu de uma necessidade pessoal de trabalhar apenas o corpo. De centrar todas as atenções num corpo. Na forma como o corpo se pode movimentar por si só, sem a necessidade de uma história como pretexto. Apenas aquele corpo, nu de quaisquer artefactos que o amparem. O corpo como massa que adquire estranhas formas. O corpo humano sem o peso dos géneros. Um corpo, não generalizado, que age por si, sem querer contar qualquer outra história.
Subterrâneos do Corpo mantém o conceito geral: o foco centrado apenas no corpo, a imagem do corpo por si só, quase irreal, equiparado a uma obra de arte, uma massa orgânica em constante movimento. Temos aqui a evolução deste mesmo conceito. Uma necessidade de criar novas linguagens para este corpo, para que se torne cada vez mais distante da realidade conhecida. Para que se transforme e transfigure mais. Para que a imagem de corpo humano possa por momentos desaparecer.
Este desenvolvimento fazse não apenas em termos coreográficos, mas no seu todo. Em tudo o que a peça envolve, o seu ambiente. Assim, a partir do conceito base, tudo cresce uniformemente, pois o trabalho vive de todo o ambiente criado. Coreografia, cenário, luz e som são interdependentes. Existem em função uns dos outros. É aí que pode residir a sua força plástica e, logo, a consistência do espectáculo.
Subterrâneos do Corpo mantém o conceito geral: o foco centrado apenas no corpo, a imagem do corpo por si só, quase irreal, equiparado a uma obra de arte, uma massa orgânica em constante movimento. Temos aqui a evolução deste mesmo conceito. Uma necessidade de criar novas linguagens para este corpo, para que se torne cada vez mais distante da realidade conhecida. Para que se transforme e transfigure mais. Para que a imagem de corpo humano possa por momentos desaparecer.
Este desenvolvimento fazse não apenas em termos coreográficos, mas no seu todo. Em tudo o que a peça envolve, o seu ambiente. Assim, a partir do conceito base, tudo cresce uniformemente, pois o trabalho vive de todo o ambiente criado. Coreografia, cenário, luz e som são interdependentes. Existem em função uns dos outros. É aí que pode residir a sua força plástica e, logo, a consistência do espectáculo.
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Coreografia Ana Martins
Assistente de coreografia Catarina Ribeiro Interpretação Francesca Bertozzi, Inês Oliveira Santos Cenário Rita Álvares Pereira Música original Simão Costa Desenho de luz Anatol Waschke Produção executiva via-lab Agradecimentos Francisco Medeiros, Hugo Tornelo, José Álvaro Correia Espectáculo financiado no âmbito do Programa Gulbenkian Criatividade e Criação Artística/Fundação Calouste Gulbenkian |